O Parque Botânico Vale é uma importante área verde situada na parte norte do município de Vitoria. Alguns trabalhos de levantamento de sua fauna já foram realizados por Venturini e Paz (2008) e pelo Instituto Marcos Daniel (2018), relatando a ocorrência de 104 e 111 espécies de aves respectivamente.

Desses trabalhos, ficou o conhecimento da ocorrência de seis espécies de aves noturnas no parque: Arapapá, Bacurau, Suindara, Corujinha-do-mato, Coruja-orelhuda e o Mãe-da-Lua.

Com o conhecimento dessas listas o COA, imbuído do espirito da “ciência cidadã”, programou uma excursão noturna a essa unidade para conferir a possibilidade de ocorrência de alguma outra espécie, bem como o avistamento dessas já citadas para o local.

Esse espirito de “ciência cidadã” reinante no ambiente do COA, resultou até mesmo no registro de uma das aves mais emblemáticas da mata atlântica, feito por um de nossos membros associados, dentro da área do PBV: a Araponga, citada como “A voz da mata atlântica”.

Não foi possível a visitação de toda a área do parque, razão pela qual, novas “corujadas” deverão ser programadas, notadamente a partir de agosto quando as aves vocalizam mais e nos proporcionarão melhores condições de registros. Inclusive, visitando área onde não pudemos percorrer nesta excursão como foi a Trilha da Mata Ciliar, lugar propicio para encontrarmos, por exemplo, o Arapapá.

Das seis espécies já citadas, logramos encontrar duas, que julgamos, inclusive, com boas populações no parque: o Bacurau e a Corujinha-do-mato.

Das quatro espécies não encontradas, todas já foram registradas para o município de Vitória; O Arapapá já foi encontrado nas proximidades da lagoa da UFES, A Coruja-orelhuda é comum na zona urbana, com vários registros na UFES e em bairros como Ilha do Frade e Ilha do Boi. A Suindara é uma coruja com grande autonomia de voo e sua estadia ou ocorrência na área é provável, talvez até mesmo de passagem. E quanto à Mãe-da-lua, observamos uma boa e estável população no campus da UFES, portanto em área de mangue e inferimos que tal deve ocorrer também no PBV podendo ser encontrada quando percorrermos a Trilha da Mata Ciliar.

Na foto um bacurau clicado por Ademir Carletti.

Como ocorre em todas as excursões do COA, o companheirismo entre os colegas e o tradicional e delicioso lanche ocorreu por volta das 20 hs. Ocasião de muita comemoração e alegria!

Coruja em foto de Fabrício, que não pode estar na foto do grupo, mas esteve presente.

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